terça-feira, 16 de abril de 2013

Meu ouvido coça................



O famoso Prurido Auricular, ou coceira de ouvido, é uma queixa muito comum em consultórios médicos por esse país afora. Trata-se de um probleminha chato mas que tem solução.
Como sempre na medicina, um sintoma como esse pode abrir um leque de possibilidades de causas bem variadas. Basicamente o Otorrino irá examinar o seu ouvido primeiramente para poder formar um raciocínio diagnóstico e executar o tratamento. 

Então vamos lá, qual é o caminho?

Em primeiro lugar, devemos abolir o inimigo número 1 dos ouvidos alheios, o Cotonete! Mais uma dele! 

O cotonete ou qualquer outro material introduzido dentro do ouvido, pode favorecer a impactação da cêra, formando rolhas que além de entupir, podem dar a coceira, além de, a longo prazo, minimizar a proteção da
pele do ouvido externo o que gera uma sensibilidade exacerbada, iniciando a coceira. Logo, não cutuque o ouvido.

Existem processos inflamatórios, agudos ou crônicos, que também podem dar o sintoma. É descrito a Otite externa eczematosa, ou chamado de Eczema, na qual há uma descamação da pele do conduto auditivo externo ( o canalzinho que vai até o tímpano), causando a liberação de casquinhas incômodas e até o prurido intenso. O tratamento, além da abolição da manipulação, é feito com medicação tópica.

Correndo por fora como causa de coceira, mas não menos presente, está a Otite Externa Fúngica, quando acontece uma infecção por fungos no ouvido externo ( sim, isso pode ocorrer), gerando sintomatologia de dor, coceira,ardência e entupimento no ouvido. O tratamento também é tópico e eficaz.

De uma certa forma, o incômodo sintoma pode ser tratado e resolvido. Consulte um Otorrino para avaliar e direcionar o problema .


terça-feira, 9 de abril de 2013

Admirável..mundo antigo!

Hoje em dia  a incidência de agravos à saúde tem aumentado em larga escala. E não são só coisas complexas que foram melhor diagnosticadas. Os fatos mais simples também estão mais presentes. Mas porque? As pessoas estão ficando mais doentes ou o acesso a informação nos traz dados mais volumosos sobre a nossa saúde?

Tome como exemplo a questão do Refluxo.
O Refluxo é o retorno do conteúdo ácido, saindo pelo estômago e atingindo estruturas como esôfago e a laringe. Hoje em dia esse problema é muito comum, mas antigamente ele era tão prevalente assim?
Todo mundo sabe que a medicina evoluiu muito nesses últimos anos.As doenças estão cada vez mais precocemente diagnosticadas com métodos cada vez mais tecnológicos de investigação  e os tratamentos atingiram patamares de modernidade tanto na modalidade clínica quanto na cirúrgica. Isso é um fator importante para se dizer sobre o aumento do número de pacientes com uma determinada doença, como o Refluxo.

Por outro lado, a evolução da tecnologia e a rapidez do mundo atual faz com que as pessoas adoeçam mais, em relação aos tempos passados. Voltando ao Refluxo, por exemplo. Ele é diretamente relacionado a
hábitos alimentares e modo de vida. Se você não costuma se alimentar de modo saudável ( como por exemplo o uso excessivo de derivados de cafeína ou o hábito de se alimentar muito tarde na noite) você pode estar propenso a ter problemas desse tipo, sem contar os fatores emocionais, como o stress, que podem desencadear um aumento da acidez estomacal e com isso acelerar a sintomatologia local. Ora bolas ( termo antigo, hein?), obviamente o mundo moderno nos traz hábitos desfavoráveis e os mesmos desencadeiam doenças..Isso os sábios chineses já sabiam!
Na China Antiga, a medicina tradicional já pregava que a alimentação adequada e os hábitos saudáveis de vida ( como as práticas esportivas) traziam benefícios à saúde pela teoria energética da Acupuntura que pregava um correto fluxo de Ch'i ( a energia) através da prevenção e vida regrada. Quando isso não era alcançado, lançava-se mão do tratamento propriamente dito, a Acupuntura.

Soa um tanto paradoxal, não?

Imagine só: em pleno século XXI, a medicina ocidental moderna, com seu amplo leque tecnológico diagnóstico e terapêutico,chega a um ponto em que começa a pregar a prevenção e a mudança de hábitos de vida como saída para o alto indice de doenças , assim como os antigos chineses, por exemplo, faziam há milênios! Isso mostra que na área da saúde a coisa é mais embaixo...

Não adianta um robô realizar uma cirurgia complexa que foi diagnosticada por uma microcápsula ingerida
previamente na qual, com uma microcâmera acoplada fez o diagnóstico preciso de uma doença em estágio inicial, se... o paciente não cuidar da sua saúde emocional e física. Talvez se ele tivesse realizado isso, a tal doença nem teria acontecido!
Somos seres complexos e uniformes..sofremos interferência do meio em que vivemos e de nós mesmos..já contei aqui sobre a molécula da água ( você pode ler o post aqui ) e como existe o processo de interferência emocional na matéria física. Temos que mudar..e muito!

A medicina Ocidental chegou em um ponto em que a tecnologia não conseguirá baixar os índices de agravos à saúde..Você sabe porque? Porque as pessoas estão cada vez mais isoladas, consumistas, gananciosas e sem amor..E isso volta para elas mesmas sob a forma de doenças ( a Medicina Oriental explica!). É claro que o robô cirurgião é excelente ( algumas vezes será necessário isso), mas às vezes a solução está nas coisas mais simples..Pense nisso..Se você está estressado, passeie com seu filho, faça algo que te divirta, siga um hobby, trate bem os outros, seja cordial.....você irá adoecer menos!


E se você precisar de algo mais..o robô estará lá!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Um pouco mais sobre esse Desvio....

Muitas vezes atendo pacientes, alguns até assombrados, com laudos de exames detectando Desvio septal. Mas isso realmente é importante??

Frequentemente confundido com a Carne esponjosa ( que você pode ler sobre aqui e aqui ), o desvio de septo também pode gerar nariz entupido mas não é sinônimo de problemas.

Já falei sobre ele ( em um post que pode ser lido aqui ), mas ainda gera controvérsias. A sua presença dentro do seu nariz não é indicativo de que você tenha que operá-lo, por exemplo, sendo a esta a única solução se ele acarreta algum inconveniente. E quando saber se ele é cirúrgico ?

Primeiro deve-se procurar compreender o porque do seu aparecimento. Muitos septos tortuosos são consequência de má respiração nasal na infância, isto é, uma criança que respira mal pelo nariz durante seu crescimento adquire um septo nasal desviado na idade adulta.O fator que causou essa má respiração por toda a vida deve ser detectado, pois ele pode ser o ator principal na história e não o desvio septal. Por outro lado, pacientes podem ter septos tortos por pancadas ou traumas sofridos no nariz.

A opção da cirurgia vai se basear:

1) No grau de incômodo sofrido pelo paciente:

Se a obstrução nasal for grande e o septo tiver "culpa no cartório" ( e o que vai dizer isso são os exames e a consulta com o Otorrino), a cirurgia é proposta. Um sintoma de nariz entupido aliado a um desvio septal considerável é indicativo.

2) Se o desvio for muito grande:

Desvios obstrutivos podem fechar toda a cavidade nasal aí necessitando correção. Esses casos podem aparecer secundários a traumas ou mesmo ao crescimento da face na infância e adolescência.

Sempre lembrando, que a cirurgia do septo nasal não interfere com a parte estética do nariz. Ela é toda por dentro da cavidade nasal e não é feito nenhum corte por fora.

Espero que tenha ajudado v
Até breve!
ocês e qualquer dúvida,faça um comentário

quarta-feira, 6 de março de 2013

A polêmica do cotonete

Esse assunto é diário na vida de um otorrinolaringologista. Pacientes que usam o cotonete e sempre tem algum tipo de problema relacionado a isso, por incrível que pareça.

Antes de falar sobre o tema propriamente dito, um pouco de história.

A haste flexível, ou cotonete, foi inventada em 1920 por um polonês naturalizado americano, chamado Leo Gersternzang. Ele observou que sua esposa usava um palito de madeira com um chumaço de algodão na ponta, para limpar a orelha de sua filha durante o banho. Ele ficou preocupado com a hipótese de que a madeira poderia lascar e machucar o ouvido da criança. O algodão também poderia soltar-se e ficar preso dentro da orelha. Então, ele decidiu desenvolver uma haste flexível que proporcionasse mais segurança ao bebê, sem oferecer riscos ou danos ( fonte: google).

Certo, é melhor fazer com segurança do que fazer com madeira, certo? Em 1920 sim, mas com o passar dos anos, essa idéia caiu por terra.

Vocês repararam que ele desapareceu das
 propagandas na TV? Quem é mais velho lembra..
porque será, hein?
Os cotonetes tem um efeito dentro do ouvido igual a um Pilão, isto é, amassam e "socam" a Cêra dentro do ouvido, formando uma verdadeira Rolha, sem contar que o algodão também pode se desprender da haste flexível e ficar dentro do ouvido. Nada disso é bom e indo além, o cotonete pode traumatizar a pele do conduto auditivo e até perfurar o tímpano! Nós não sabemos a real profundidade do nosso ouvido, logo, podemos romper o tímpano com facilidade.

Então: Não use cotonete..Não precisa secar o ouvido lá dentro depois do banho ou mesmo após mergulhar. O ouvido seca naturalmente! Quanto mais se enfia cotonete dentro do ouvido, mas se forma rolhas de cêra, além de aumentar a sensibilidade para dores e coçeiras, sem contar os riscos. O cotonete é fabricado também para outros fins, para limpar ou tratar outros locais e não necessariamente os ouvidos.

Lembre-se: Ouvido não se limpa..ouvido se cuida..qualquer dúvida ou problema, vá a um Otorrino.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Tudo o que você queria saber sobre a Cirurgia das Amígdalas ...

Muitos pacientes tem me perguntado sobre a cirurgia para a extração das Amigdalas ou Amigdalectomia.São perguntas que variam em um amplo espectro de respostas e com isso, resolvi montar este tópico para que vocês possam aprender um pouquinho sobre esse procedimento.

Vamos lá:

1) É uma cirurgia simples??
    Não considero nenhum procedimento cirurgico como simples, pois estão envolvidos nele riscos relacionados a qualquer tipo de cirurgia, como por exemplo, a anestesia, que no caso da  amigdalectomia , é a geral. Tecnicamente é uma cirurgia não muito complexa, daí a impressão de ser simples. Otorrinos mais antigos utilizavam uma técnica de extração muito peculiar, na qual o paciente ficava sedado e a amígdala era removida em questão de segundos, porém hoje em dia, a técnica sob anestesia geral é a mais recomendada, por ser mais segura e se ter mais controle do procedimento.

2) Qualquer pessoa pode operar?
    Desde que não existam riscos anestésicos ou outros problemas de saúde que contra indicariam qualquer cirurgia, sim.

3) Hoje em dia ela ainda é realizada??
   Sim, e muito, porém menos do que antigamente, já que atualmente o tratamento clínico evoluiu bastante.

4) É usado o laser?
  Já se tentou a remoção via laser, mas os resultados não foram muito satisfatórios e o método da incisão com bisturi, elétrico ou não, ainda é o mais utilizado.

5) Como é a cirurgia?

Remoção da amígdala esquerda na visão do cirurgião, de ponta cabeça
Paciente preparado para início da cirurgia,com abridor de boca
   Tanto em adultos como em crianças, a cirurgia segue sempre o mesmo padrão.
   O paciente é anestesiado e deitado é entubado para a anestesia geral. Todo esse procedimento de entubação e indução anestésica, além da própria cirurgia, são feitos com o paciente inconsciente, logo, você não verá, não sentirá nada até o momento que  se encerrar a cirurgia e a anestesia.

  Com o paciente já anestesiado e preparado, o otorrino abre a boca do paciente mantendo-a aberta durante todo o procedimento e através dela realiza incisões em uma região chamada pilar anterior amigdaliano, um região lateral do palato, onde ele consegue acessar o plano perfeito para a dissecção da amígdala. Uma de cada vez, ele vai " soltando" a amígdala até a remoção.


Durante esse processo, em pacientes adultos principalmente, podem ocorrer sangramentos que são controlados com compressão local, pontos ou cauterizações com bisturi elétrico. Após a remoção da amígdala, é feito o controle de sangramentos com suturas ( com fios absorvíveis, logo não precisará remover pontos no pós operatório) ou cauterização elétrica. O mesmo processo é feito na outra amígdala.
  O tempo da cirurgia varia de médico para médico e de paciente para paciente, mas em geral não é um procedimento muito demorado.
 Se você realizou a cirurgia no período da manhã,você geralmente irá receber alta no final do dia, caso não ocorram intercorrências. Paciente que operam a tarde podem ficar até o dia seguinte no Hospital para a alta, mas essa conduta  pode variar dependendo do Hospital onde se realizou a cirurgia

6) E a recuperação, como é??
   Pelo fato da garganta ser uma região muito sensível, a dor é o principal sintoma no pós operatório, tanto em adultos ou crianças,mas em geral dói muito mais nos adultos, pelo fato da amígdala estar mais "grudada" na idade adulta e ocorrerem maiores chances de sangrar. Se você vai operá-las se prepare: vai doer, você não vai comer nada nos primeiros dias e até vai emagrecer. Depois vai melhorando a dor. Podem ocorrer pequenos sangramentos, com sangue misturado na saliva, nos primeiros dias e até um pouco de febre. Muitas crianças até não falam por receio da dor, o que gera uma falsa idéia de que também muda o padrão vocal ou atinge as cordas vocais.

7)Tem uma melhor época do ano para operar?
  Não, a melhor época é o paciente que decide de comum acordo com seu médico.

8) Quais são as complicações que podem ocorrer depois?
Placas de fibrina no pós operatório 
 A principal complicação que pode ocorrer é a relacionada a sangramentos orais.Como eu já disse antes, pequena quantidade de sangue misturado na saliva é normal nos primeiros dias, mas sangramento intenso, que enche uma toalha de uma só vez de sangue é sinal de hemorragia e o cirurgião deve ser contatado. O paciente pode vomitar sangue digerido durante a cirurgia nas primeiras horas do pós operatório, o que é  previsível.
 O aspecto visual da garganta no pós operatório pode preocupar alguns pacientes, pois podem ocorrer inchaços da campainha ( uvula) ou até pequenos hematomas no céu da boca, além das placas de fibrina ( ver foto à direita), que são secreções esbranquiçadas que ficam no lugar das amigdalas e que se parecem com pus ( na verdade são sinais de cicatrização local).

Espero que essa pequena explicação tenha ajudado vocês.
Qualquer dúvida mandem comentários que responderei em breve, com prazer.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O "causo" do Caseum

Quantas vezes nos deparamos com os famosos caseums?? Mas que raio de negócio é esse?

Algumas pessoas percebem que no fundo de suas gargantas existem placas brancas, com a consistência de uma pipoca, que "encravam" em certas regiões gerando desconforto, mau hálito, mas sem dor. Essas bolinhas brancas são chamadas de caseum.


Para entender o caseum, precisamos entender um pouco da anatomia da garganta. Em nossa garganta temos as amigdalas, que são aquelas duas bolinhas laterais à "campaínha" ou úvula. As amígdalas são um tecido linfóide com a função original de proteção contra agentes externos.

As amígdalas não são " bolinhas" lisas, e sim bem irregulares, algumas com buracos um tanto quanto grandes que são aberturas para as criptas, um verdadeiro labirinto de micro tuneis que forma a amigdala por dentro. Pelo fato desses buracos serem um pouco maior que o normal em alguns indivíduos, os restos alimentares ali se depositam e com o tempo extravasam sob a forma de Caseum, gerando os tais sintomas citados anteriormente.

É muito comum no consultório do Otorrino os pacientes com Amigdalites Caseosas ( como são chamadas) virem em busca de solução definitiva para o problema ou até mesmo auxílio na remoção de alguns mais difíceis de tirar.

E a solução, qual é? Definitiva é a cirurgia das amigdalas, a amigdalectomia, pois aí o local onde os restos alimentares encaixam não vai existir mais. Porém, em pacientes que não queiram ou não possam operar, indica-se gargarejos com antissépticos bucais diluidos, sempre depois de se alimentar.
Logo se você quiser se ver livre disso para sempre, só operando as amigdalas mesmo e a respeito dessa cirurgia, em breve postarei em um novo tópico.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O que é a " Raspagem"???

Muitos Otorrinos atendem pacientes com a famosa história da raspagem.. Mas o que é a Raspagem, na concepção do termo?

Vamos lá...

A idéia da Raspagem é um conceito antigo que passa de geração em geração. Antigamente muitos médicos faziam raspagem de secreções das amígdalas com o intuito de descobrir qual o germe responsável pelo problema. O paciente, em franca crise purulenta, realizava a raspagem e aguardava o resultado para a instituição da terapia correta.

Hoje em dia tal método de diagnóstico não é muito mais utilizado, restringindo-se a alguns poucos casos em que há dúvida na escolha do antibiótico. Os atuais remédios, mais modernos e eficazes, com maior espectro de ação,dão muito bem conta do recado, logo, dificilmente se você tiver uma amigdalite, vai ser realizada uma raspagem diagnóstica.
Esse é o contexto correto para o termo, mas existem outras conotações que merecem uma explicação.

1) A Raspagem como retirada de Caseum:
    Em alguns indivíduos, as amigdalas apresentam " buraquinhos" mais profundos e evidentes ( as criptas) na qual restos alimentares se alojam com facilidade. Logo, tirá-los às vezes não é uma tarefa fácil e em alguns casos o Otorrino é necessário. Alguns pacientes chamam esse método de remoção como Raspagem.

2) A Raspagem como tratamento de afta e granulação na garganta:
   Já vi várias vezes o termo ser utilizado para a famosa cauterização de aftas e granulações faringeas. Antigamente, muitos Otorrinos ( e até Oftalmotorrinos, como a especialidade era chamada há muitos anos atrás) utilizavam o ácido tricloroacético para "queimar'" aftas na boca e garganta, além de cauterizar bolinhas na parede faringea decorrentes de processos irritativos. Esse método terapêutico não muito mais utilizado hoje em dia, também era denominado Raspagem.

3) A Raspagem como Cirurgia de Amígdalas:
    O  termo aqui incorpora o procedimento de extração das amigdalas, ou amigdalectomia. Na verdade, seria um sinônimo para o mesmo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Entendendo as Otites

Nessa época de calor, é muito comum a ocorrência da famosa Otite, que é a inflamação e ou infecção do ouvido.
O diagnóstico da Otite depende muito da localização inicial do problema, logo vamos dividir em 2 partes:

1) problemas no ouvido externo:
Os processos inflamatórios que acometem o ouvido externo são chamados de Otites externas. Tais otites são muito comuns em épocas de calor e são decorrentes de umidade e trauma local na região do conduto auditivo externo, isto é, o "canalzinho" que leva até o tímpano. O tratamento em grande parte das vezes é local ou tópico, e o médico receitará gotas para pingar, associadas ou não com medicação via oral dependendo da gravidade e intensidade dos sintomas. A história mais comum associada a ela é a ocorrencia de dor de ouvido pós praia ou piscinas.


2) Problemas no ouvido médio:
A região do Ouvido médio é aquela localizada atrás da membrana timpânica, envolvendo uma pequena cavidade que se abre no fundo do nariz através de um canal denominado de tuba auditiva. Logo, a origem das chamadas Otites Médias pode ter relação com o nariz do indivíduo e decorrente de gripes, resfriados, rinites e sinusites prévias, em grande parte das vezes. Existem vários tipos de Otites Médias, como a Serosa (quando há acumulo de líquido no ouvido médio), Supurada ( quando há rompimento do tímpano e extravasamento de pus ou secreções até o ouvido externo), Crônica ( quando há a persistência da perfuração timpânica e infecção prolongada que pode atingir o osso adjacente, denominado mastóide) e a Colesteatomatosa ( essa vai merecer um futuro post devido ao fato de sua origem ser mais complexa e depender do aspecto constitucional do indivíduo).
O tratamento na maioria das vezes é com antibioticoterapia via oral, sendo indicado a cirurgia nos casos mais crônicos ou gotas nas supuradas.


Logo, se você está com dor de ouvido, o diagnóstico vai variar de acordo com a região do ouvido acometida e assim, o tratamento e o prognóstico também.
Então antes de pingar Azeite, Alcool ou até Urina no ouvido ( acreditem eu já vi isso...!) , procure um médico.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Respostas em relação aos comentários sobre a cirurgia da carne esponjosa

Li todos os comentários postados em relação a esse post ( que pode ser lido aqui), na qual algumas pessoas estão com dúvidas sobre os procedimentos. Como infelizmente pelo site eu não consegui comentar cada um pessoalmente a cada indivíduo, eu vou expor aqui as dúvidas e darei as respostas.

1) Dor no nariz perto do olho tendo operado o mesmo há 8 meses:
          Olha, nesse caso fica difícil avaliar o que ocorre, porém, pela localização dos sintomas relatados, a paciente pode ter desenvolvido algum tipo de sinusite crônica. A avaliação desse caso deve ser feita através do exame pelo Otorrino e , se necessário, solicitação de Tomografia Computadorizada de seios da face e Nasofibroscopia para um completo panorama do caso, a fim de se instituir o tratamento. Logo, procure o Otorrino e faça uma consulta.

2) Cirurgias e preços:
   Gente, fica antiético eu dar valores de cirurgias pela internet. Não é  de meu feitio isso, já que cada médico cobra um valor dependendo da situação. Infelizmente até o presente momento, não realizo cirurgias pelo SUS

3) Filha de 13 anos com a Carne:
   O fato de uma pessoa respirar pela boca, babar e roncar não necessariamente implica no fato que ela tenha carne esponjosa. A rinite, por exemplo, dá esse tipo de problema. Logo, precisa ser avaliada a possibilidade ou não de ter, mas pela idade, provavelmente não, já que a Adenóide atrofia com a puberdade, mas como diz o velho preceito médico: " na medicina quanto no amor, nem nunca..nem sempre,...". Em relação ao pós operatório, depende muito da cirurgia realizada, da tecnica feita e do problema da pessoa. Logo, a questão abre muito se a gente for explicar se o nariz pode ficar inchado nesse momento.

4) Carne esponjosa, desvio de septo ou adenoide?
  Já comentei várias vezes por aqui ( basta ler as postagens antigas) sobre as diferenças entre eles sabendo que costumam dar os mesmos sintomas. A definição da cirurgia ou não vai depender da intensidade do problema, de qual é o problema e da falha em um possível tratamento clínico

5) A  Escova progressiva e a Rinite
  O contato com produtos químicos pode gerar um processo inflamatório no nariz ( daí o aspecto rosado) e iniciar uma série de sintomas característicos da Rinite. O tratamento é longo, o paciente tem que ter paciência, e o contato com esses produtos químicos deve ser evitado. O ronco pode aparecer às custas da Rinite, também, pois a mesma provoca um inchaço dos cornetos nasais, estruturas que temos dentro do nariz, que obstruem a passagem de ar quando edemaciadas, levando a respiração bucal e portanto, o ronco.

6) Sangramentos no pós operatório:
 Quaquer tipo de sangramento em pós operatórios nasais deve ser comunicado ao otorrino cirurgião para as devidas orientações. Cada caso é um caso. Se o seu nariz sangrar muito no pós operatório de uma cirurgia nasal, na qual enche uma toalha de uma só vez como hemorragia, vá até o hospital na qual você foi operado e peça para comunicar seu médico.

 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O que fazer com a "Catota" de nariz?

"Catota" de nariz é um termo talvez até regional para designar aquela " sujeirinha" que forma dentro do nosso nariz e às vezes incomoda...
Lembre-se que o nariz é um filtro e a sujeirinha acumulada pode ser eliminada dessa forma. Por outro lado, pacientes com processos inflamatórios crônicos como as Rinites podem produzir secreções que, ao contato com o ar, ressecam e formam as famosas " sujeirinhas".

Desenhei sobre isso entre algumas consultas e publiquei em um outro site que tenho, com compilações de meus desenhos com canetas esferográficas que faço ao longo desses anos.

Clique aqui para acessar o site e veja, além do desenho sobre a " catota", outras imagens que realizo no meu dia a dia.

Fique ligado para novas publicações aqui e no outro site

Abraços e feliz 2013!!